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Tendo sido diagnosticada em 2017 com PHDA e autismo, a comediante procura explorar o seu diagnóstico expondo-o, especialmente ao longo do seu programa de 2019, Douglas, de forma a apresentar a neurodivergência como apenas mais uma parte da condição humana e não como nenhuma catástrofe que transforme uma pessoa em algo não tão humano, semelhante a um produto defeituoso. Hannah apoia firmemente a entrega de uma mensagem mais inclusiva: somos sempre inerentemente humanos e tudo o que nos faz diferentes de tudo o resto deve ser também aquilo que nos traz mais individualidade e orgulho.
Não é só em relação à neurodivergência que Gadsby planta a sua posição. Numa perspetiva bastante parecida, a abordagem quanto ao espetro da sexualidade é igualmente privilegiada e exposta. Assumindo-se abertamente como lésbica, a comediante procura perpetuar a visibilidade queer através do humor clássico.
Apesar de se abordar esta personagem pelo seu grande papel como comediante, Hannah Gadsby teve e tem ainda influência em várias outras áreas como a filmografia, onde tanto escreve como atua, para não referir a sua obra: Ten steps to Nanette, sendo Nanette um outro projeto que lhe rendeu bastante prestígio. Este livro visa contar a história de Hannah e as suas dificuldades assim como todos os passos até à criação de uma grande obra – Nanette.